No dia 31 de março de 2008 completaram-se 44 anos do golpe militar. Foram mais de 20 anos marcados pela restrição a liberdade e perseguição aos críticos do regime. Durante esse período a UNE foi fechada e os estudantes perderam seus direitos de organização, centenas de pessoas foram torturadas, assassinadas e desaparecidas.
A herança deixada pelos militares foi desastrosa; após o surreal “milagre brasileiro”, prevaleceu uma acentuada concentração de renda, elevação da dívida externa a patamares altíssimos e alienação de parte da sociedade brasileira, que não se reconhece como sujeito político.
Porém, mesmo com todas as dificuldades e contradições, houve aqueles que ofereceram resistência; jovens, estudantes, trabalhadores e intelectuais que preferiram a clandestinidade a ter que aceitar a opressão.
Hoje temos liberdade - mas o que temos feito? Por vezes nos calamos diante das injustiças, preocupados apenas com nosso EU. Estudamos, trabalhamos apenas porque buscamos uma ascensão social. Não pensamos em colaborar com a construção de uma sociedade melhor.
Vivemos numa permanente competição e valorizamos imensamente o Ter, quando o que realmente importa é o Ser.
É preciso refletir sobre nosso papel social, pois ainda há muito a fazer, a ditadura acabou. Mas o individualismo continua nos mantendo cegos e calados, transformando-nos também em tiranos
A herança deixada pelos militares foi desastrosa; após o surreal “milagre brasileiro”, prevaleceu uma acentuada concentração de renda, elevação da dívida externa a patamares altíssimos e alienação de parte da sociedade brasileira, que não se reconhece como sujeito político.
Porém, mesmo com todas as dificuldades e contradições, houve aqueles que ofereceram resistência; jovens, estudantes, trabalhadores e intelectuais que preferiram a clandestinidade a ter que aceitar a opressão.
Hoje temos liberdade - mas o que temos feito? Por vezes nos calamos diante das injustiças, preocupados apenas com nosso EU. Estudamos, trabalhamos apenas porque buscamos uma ascensão social. Não pensamos em colaborar com a construção de uma sociedade melhor.
Vivemos numa permanente competição e valorizamos imensamente o Ter, quando o que realmente importa é o Ser.
É preciso refletir sobre nosso papel social, pois ainda há muito a fazer, a ditadura acabou. Mas o individualismo continua nos mantendo cegos e calados, transformando-nos também em tiranos
2 comentários:
Eu concordo que nosso individualismo prejudica a sociedade e a nós mesmos . Mas será que o sistema político do nosso país é mesmo democrático?
Ou essa “conquista” é apenas uma ilusão? Quando o governo militar proibia diretamente as pessoas de se expressarem, como foi dito: estudantes, trabalhadores e intelectuais lutavam contra a opressão imposta.
Agora pensamos que temos liberdade, pensamos que temos direitos, mas apenas temos deveres que somos obrigados a trabalhar de 60 a 65 anos para no final da vida receber uma aposentadoria humilhante e ainda com possibilidade de aumento da idade mínima para se aposentar.
Somos obrigados a pagar impostos (leia no site Agênda Brasil)
http://www.agendabrasil.gov.br/noticias/2008/03/12/materia.2008-03-12.8748799273/view) e nem sequer sabemos ou temos interesse de saber para onde vai parar o nosso dinheiro.
Nessa nação de ignorantes e preguiçosos é praticamente impossível algum tipo de mudança.
Vendo pelo lado otimista, talvez as próximas gerações tenham consciência disso e toda sociedade principalmente a grande massa (o povão) realmente conquistem a verdadeira liberdade.
By: dAN|||
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